domingo, 26 de abril de 2015

Continuarei Arriscando


Tive que acreditar, acreditar em mim e principalmente no Deus que me apoia, se tivesse esperado que minha aparência fizesse as pessoas confiarem na minha capacidade, provavelmente já teria desistido das minhas vontades mais pequenas. E não só a aparência, minhas opiniões e meu jeito de torná-las públicas também fazem muitos desacreditarem da minha força de permanecer. Mas eu permaneço em tudo que me faz bem, que me inspira e me faz feliz, de mal já bastam as surpresas do dia a dia, a rotina proposta deve ser algo que faça meus olhos brilharem, algo que faz eu me sentir no lugar certo, contribuindo com o que eu tiver de melhor. E obviamente ninguém é obrigado a pensar como eu penso, mas também não queira impor em mim sua filosofia de vida, eu não vou aceitá-la, e não é por birra, é porque minha história e minha fé me convenceram sobre uma outra forma de ver, de agir e reagir. Respeite. E sobre os dias ruins? Sim, eles existem mas são minoria, pois a cada palavra de superioridade lançada na minha direção, recebo dez vezes mais sorrisos de desconhecidos, e vinte vezes mais reconhecimento de pessoas que veem o resultado do que eu faço e não do que eu grito nas horas de erro. E mil vezes mais dádivas e demonstração de cuidado Daquele que não tira os olhos de nós. A maior herança que levarei pra sempre é a fé que minha família me ensinou, e a paciência que eu não consigo ter como eles, mas a teoria eu já entendi, isso também conta. Todos temos um jeito único de ser, também temos o jeito como sabemos que somos e o jeito como as pessoas acham que somos, aposto que nenhuma dessas formas é igual. Isso é problema, né, mas é assim que é. Mas entre viver pra que me vejam como eu me vejo, ou não me importar com o que pensam, eu escolho aceitar que não existe alguém que possa ver o que eu vejo, ao mesmo tempo que vou sempre me importar com o fato de não existir esse alguém. Continuarei assim, respondendo às vezes com compreensão, às vezes sem saco, continuarei não gostando de quem tem certeza de tudo, continuarei voltando pra minha casa nos finais de semana e aproveitando a viagem longa pra sonhar com 2019 sem me importar com a semana que vem, continuarei sendo distraída nas conversas porque dificilmente minha cabeça está no mesmo lugar que meu corpo. Continuarei tomando a dor do outro pra mim quando nem ele mesmo se dói, e continuarei sofrendo as consequências de tudo isso com consciência. Pois não aceito outras formas de ser eu, porque eu mesma só sei ser assim, nada é forçado nem contido, sou tudo o que acredito, pergunto tudo que preciso, peço tudo que não posso sozinha e choro tudo que arrisco e não dá certo, mas talvez as lágrimas fossem maiores se nem aqui eu estivesse, escrevendo neste blog com o Marley deitado do meu lado, aproveitando o pouco tempo que tem do meu lado já que estou sempre longe e ocupada vivendo um risco que deu certo.
  

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